
Abrir um chat de inteligência artificial generativa, tirar uma dúvida, pedir a tradução de um texto ou o resumo de um artigo. São funcionalidades que se tornaram comuns para usuários, mas o passo seguinte para as empresas, ao menos na avaliação do Google Cloud (GOGL34), está em uma outra aplicação: os agentes.
O tema é central para os próximos passos da companhia no desenvolvimento de soluções de IA e computação em nuvem para companhias, desde chips passando por aplicações proprietárias e plataformas para terceiros.
Nas palavras do CEO do Google Cloud, “agentes são sistemas inteligentes que demonstram raciocínio, planejamento, memória e a capacidade de usar ferramentas”. “Eles são capazes de pensar vários passos à frente, usar ferramentas, incluindo trabalhar com softwares e sistemas para realizar tarefas em seu nome e sob a sua supervisão”, disse em uma apresentação no evento Google Cloud Next 25′ na semana passada.
Infraestrutura
Entre os principais anúncios do evento, o Google Cloud mostrou o chip Ironwood, dedicado a etapas de processamento relacionadas a aplicações de agentes.
O Ironwood é dedicado à inferência, momento em que os modelos de linguagem já treinados precisam executar uma ação. Nos chats de IA, por exemplo, o modelo responde aos comandos do usuário.
Acontece que, com os agentes, resultados são gerados proativamente a todo o momento. Segundo analistas do Morgan Stanley, 75% de toda a demanda de data centers de IA nos próximos anos devem estar centradas no processo de inferência.
Multiagentes
Em um futuro não tão distante, o Google Cloud acredita que centenas desses agentes vão operar simultaneamente nas operações de companhias e interagir entre si. “Comunicação multiagente, interação multiagente, fluxos de trabalho multietapas que exigem talvez 100 agentes operando em nome de diversas funções humanas. Essas são as coisas que estamos focados agora para resolver para que, quando a próxima evolução chegar, os recursos que temos na plataforma estejam prontos”, disse o vice-presidente e CTO do Google Cloud, Will Grannis, em entrevista ao InfoMoney.
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Para as empresas, no entanto, a conexão de dados internos para consulta de agentes, como PDFs, imagens e e-mails não é simples. Além de uma escassez de profissionais com experiência em IA, muitos de seus dados são armazenados em servidores próprios e não na nuvem.
O Cloud tem tentado endereçar o tema levando o seu Agentspace, hub que conecta agentes de IA de modelos variados com os dados corporativos, aos ambientes de dados privados das companhias. “Por trás de tudo isso, estamos tornando os dados mais disponíveis”, avalia Grannis.
A empresa anunciou também um protocolo chamado A2A, que permite aos agentes de inteligência artificial se comunicarem e definir os limites de suas interações com usuários por meio de textos, formulários, áudios ou vídeos. Companhias como PwC, Accenture, Deloitte, SAP e Oracle já são parceiras da companhia para a implementação do protocolo.
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